Publicado em 1847, “Jane Eyre”, romance da inglesa Charlotte Brontë, tem conseguido força para sobreviver a cada nova geração. Embora muitos apontem similaridades com as obras de Jane Austen, o segredo do sucesso de “Jane Eyre” está em sua história cercada por uma atmosfera gótica, assim como na sua fórmula romântica infalível.
Não há como descartar o cinema e a televisão como mídias que mantém “Jane Eyre” vivíssimo. Afinal, há um século temos adaptações em vários formatos, seja em curta-metragem e longa-metragem, seja em minissérie e telefilme. É difícil apontar a versão conduzida por Cary Fukunaga (“Sin Nombre”) como definitiva, mas o fascínio pelo texto de Charlotte Brontë permanece.
Órfã, Jane Eyre (a excelente Amelia Clarkson) vive sob os cuidados da senhora Reed (Sally Hawkins), sua tia detestável que rapidamente lhe envia para um rígido internato após uma séria discussão. Os anos em que viveu isolada lhe transformaram em uma jovem amarga, mas obstinada em viver de maneira independente. Já no corpo da australiana Mia Wasikowska, Jane consegue se tornar governanta do castelo de Rochester (Michael Fassbender), homem muito mais velho que não resiste a sua forte personalidade e que tem um passado oculto.
Há requinte nesta mais recente versão de “Jane Eyre”, que inexplicavelmente recebeu lançamento direto para o mercado de homevideo no Brasil. Nos departamentos técnicos, destacam-se a esplêndida fotografia do brasileiro Adriano Goldman e também a música do italiano Dario Marianelli (o mesmo de “Desejo e Reparação”). Também não há como não elogiar as performances de Mia Wasikowska e Michael Fassbender, que preenchem de emoção os diálogos escritos por Moira Buffini. Como ressalva, há apenas o tom sobrenatural presente na narrativa que se mostra dispensável diante do conturbado romance que se estabelece entre os protagonistas.
Título Original: Jane Eyre
Ano de Produção: 2011
Direção: Cary Fukunaga
Roteiro: Moira Buffini, baseado no romance homônimo de Charlotte Brontë
Elenco: Mia Wasikowska, Michael Fassbender, Judi Dench, Jamie Bell, Sally Hawkins, Craig Roberts, Imogen Poots, Holliday Grainger, Tamzin Merchant, Freya Parks, Romy Settbon Moore, Harry Lloyd e Valentina Cervi

Cara, ainda não vi o filme, porque simplesmente eu… esqueci!
Acho que o fato de não estreado nos cinemas (coisa que eu nem tinha percebido) me desmotivou.
Quem sabe um dia!
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Junior, ultimamente ando acreditando que filme que é lançado direto em DVD são justamente aqueles que têm potencial para ser os melhores do ano.
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O que eu mais gosto nesse filme é a protagonista, que escapa dos padrões das mocinhas das produções de época. Isso foi fundamental para eu conseguir curtir “Jane Eyre”!
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Matheus, boa observação. A Jane Eyre dessa adaptação realmente é diferente das mocinhas de época que costumamos ver em produções do mesmo segmento.
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[…] de sua família e teve a oportunidade de publicar um único romance que, ao contrário de “Jane Eyre” (escrito por Charlotte), não foi bem compreendido na época em que foi publicado. Agora, […]
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[…] “Espelho, Espelho Meu” “Jane Eyre” “O Morro dos Ventos Uivantes” “W.E. – O Romance do […]
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[…] indicados: “Anônimo” | “Jane Eyre” | “O Morro dos Ventos Uivantes” | “W.E. – O Romance do […]
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