Embora “O Grande Hotel Budapeste” traga a marca estética característica de Wes Anderson, o que há de mais deslumbrante na encenação é o modo como é costurada uma narrativa que lida com um personagem com o desejo de relatar a sua própria juventude para um escritor. Vem assim o vínculo com um contador de histórias que irá assegurar a sobrevivência de suas memórias e, o mais importante, o desejo de que erros do passado não sejam repetidos. Além das razões (ora quadrada para encenar o passado, ora retangular para nos trazer para tempos mais recentes), é fundamental a montagem de Barney Pilling, indicada ao Oscar. A simetria de “O Grande Hotel Budapeste” não se vê somente nos enquadramentos de Wes Anderson, como também na costura de Pilling , garantindo ao filme uma velocidade inebriante.
Vencedor: “O Grande Hotel Budapeste” (Barney Pilling)
Outros indicados: “Ninfomaníaca: Volumes 1 & 2” | “No Limite do Amanhã” | “O Lobo de Wall Street” | “Walt nos Bastidores de Mary Poppins“
Em 2013: “A Hora Mais Escura”
Em 2012: “Precisamos Falar Sobre o Kevin”
Em 2011: “Incêndios“
Em 2010: “Os Homens Que Não Amavam as Mulheres“
Em 2009: “Bastardos Inglórios“
Em 2008: “Desejo e Reparação”
Em 2007: “Babel“
