Resenha Crítica | Nascimento (2015)

Nacimiento, de Martín Mejía

.:: 40ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo ::.

Nascido na Colombia, Martín Mejía iniciou a carreira de diretor em 2004 com o curta “Od – El camino” e só agora faz um experimento em longa com “Nascimento”. O problema é o mesmo da maioria que experimenta a transição de metragens: mesmo com apenas 84 minutos de duração, o fiapo de história é esticado para ser comportado em um formato de qualquer outro filme lançado em circuito.

O centro de “Nascimento” é concentrado em Helena (Yuliana Rios) e seu ventre. Moradora de uma aldeia, ela está nos últimos momentos de gestação. Sem uma figura paternal clara, ela repousa silenciosamente enquanto sua mãe faz os serviços domésticos e o seu irmão confecciona uma nova canoa para a pesca.

Praticamente sem diálogos e com intérpretes que mais parecem posar com pouca naturalidade para a câmera, “Nascimento” exerce um olhar contemplativo sobre o ambiente natural, com inúmeras tomadas denotando vidas sem grandes perspectivas a partir do curso da água do rio e do vento soprando as folhas das árvores. Tudo para culminar na explícita concepção de uma nova existência. Se tivesse 20 minutos de duração, ainda seria muito.

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