
Ainda que o conceito de “maldição contagiosa” não seja uma novidade desde que “O Chamado” popularizou o terror asiático, eu amei como “Sorria” conseguiu ir além dele ao evidenciar que a depressão é o principal demônio que a sua personagem poderia enfrentar, no qual a perda do autocontrole é o deslize em que algo hospedado na tua mente a espera perder para ela entregar os pontos.
Sinto que a intenção do Parker Finn com a sequência é mais elevar o argumento original a partir do budget maior do que qualquer outra coisa – “Sorria 2” custou 10 milhões a mais.
Por um lado, não há problemas graves nessa decisão, pois o diretor potencializa o terror com toda a sua criatividade visual (a cena dos dançarinos no apartamento é maravilhosa). E gosto ainda mais da nova protagonista, uma popstar que sente a cada minuto a pressão de alimentar uma indústria que suga toda a sua saúde mental – por sinal, a Naomi Scott está espetacular, mergulhando em uma espiral de loucura sem qualquer reserva.
Apesar dos aprimoramentos, ainda fico com o original pela novidade, que tornava as cenas gráficas ainda mais chocantes, bem como a conclusão, que antes era de uma crueldade demolidora e que agora pode ser telegrafada a quilômetros de distância.
★★★
Direção de Parker Finn
Disponível no cinema e em breve no Paramount+
