Drop: Ameaça Anônima (2025)

A partir do momento em que deixou de supervisionar os roteiros das sequências de “Atividade Paranormal” (franquia na qual chegou a dirigir um spin-off, “Marcados Pelo Mal”), Christopher Landon tem se mostrado um ótimo aprendiz do suspense a partir de premissas absurdas antes acomodadas na comédia.

Mandou bem demais no primeiro “A Morte Te Dá Parabéns” com a história da protagonista que acorda no mesmo dia, além de ter brincado com a troca de corpos em “Freaky: No Corpo de um Assassino”.

Apesar da comicidade aqui e ali, “Drop: Ameaça Anônima” tem um conceito mais hitchcockiano, embora igualmente implausível, de confinar a ótima Meghann Fahy em um restaurante chique onde se verá obrigada a executar o seu date a partir de mensagens anônimas que recebe via AirDrop (ainda bem que sou usuário Android).

O cenário principal é deslumbrante e permite que Christopher Landon avance como diretor em termos de achados visuais, criando tomadas realmente fascinantes, do corredor em meia lua até o banheiro, que olhado de cima parece até um tambor de roleta russa.

Apesar de ser extremamente divertido, foi impossível não ficar pensando em “Voo Noturno”, sobretudo quando Landon começa a exagerar nas inverossimilhanças para sustentar o encontro até o fim. Quando chegou a décima vez em que a protagonista se levantou de sua cadeira distraída com as ameaças que recebe pelo celular, fiquei me perguntando como Wes Craven resolveria melhor a situação com base em seu filme que faz 20 anos de aniversário neste 2025.

“Drop” é um filme de 95 minutos que se beneficiaria muito mais se tivesse somente uns 80.

★★★
Direção de Christopher Landon
Em exibição nos cinemas (Universal Pictures)

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