Resenha Crítica | Acompanhante Perfeita (2025)

Diretor e roteirista especializado em projetos televisivos, Drew Hancock debuta no formato de longa-metragem bastante seguro daquilo que está sintonizado o público mais jovem pretendido para o seu “Acompanhante Perfeita”: o comentário sobre tecnologia se apropriando das conspirações de “Black Mirror” numa roupagem mais afável para abrigar bastante comicidade em uma premissa de ficção científica com terror.

Quando foi lançado nos cinemas, muitos alegaram se afastar o máximo possível dos comentários e materiais de divulgação, como se o filme estivesse ocultando um grande mistério o máximo possível. Não procede, sobretudo porque há pistas da dinâmica da coisa já nos primeiros minutos.

É a velha premissa de que evoluções tecnológicas não estão prontas para serem jogadas para o público sem supervisão humana. No entanto, é bem legal como o roteiro evidencia que os maiores riscos estão em como não somos capazes de aplacar nossas solidões e como o discernimento é borrado quando depositamos nossas emoções verdadeiras em subterfúgios artificiais.

Uma pena que Drew Hancock empaque ao pensar nos inúmeros potenciais da Iris, interpretada por uma Sophie Thatcher com cada vez mais sede de dominar Hollywood. Quando promete fazer um novo “Lucy”, a personagem ainda assim segue limitada a uma mera mocinha da premissa de vítima sobrevivendo em um lugar isolado.

Destaque para o saca-rolhas.

★★★
Direção de Drew Hancock
Disponível no MAX

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