
25 anos após o lançamento do filme original, a franquia “Premonição” chega ao seu sexto episódio mais consciente do que nunca de suas próprias virtudes, sabendo que os seus fãs vão reaparecer nos cinemas para uma história contanto que ela estabeleça conexões com o passado, uma dose de humor e mortes elaboradas.
Após os bilhões da nova franquia de “Homem-Aranha”, o diretor Jon Watts é o principal nome a viabilizar “Premonição 6: Laços de Sangue” e a nova ideia apresentada aqui é ótima: a de construir uma árvore genealógica amaldiçoada após a integrante de uma família (na fase idosa sendo interpretada pela ótima veterana Gabrielle Rose) prever um acidente e salvar dele uma centena de pessoas.
Uma pena que essa nova aposta acaba desperdiçando grande parte de seu potencial na escolha da dupla Adam B. Stein e Zach Lipovsky na direção. Ainda que contem com experiências em curtas-metragens e projetos televisivos, o resultado que apresentam aqui é medíocre.
Por um lado, temos aqui um “Premonição” em que essa conexão de sangue nos faz se importar como nunca com o destino dos personagens e há ainda uma cena linda com Tony Todd, que felizmente pôde reprisar o seu icônico William Bludworth para se despedir não somente da cinessérie, como também de nós.
Por outro, o descarte desses pais e filhos é executado de maneira tão aleatória que me pergunto se vale a pena todo o investimento emocional que depositamos neles.
Além disso, embora eu ame muitas cenas bizarras aqui (a da sala de ressonância magnética já nasceu um clássico), eu sempre fico incomodado como esse filme escancara demais uma crise estética que anda atingindo cada vez mais a produção americana num todo. É tanta intervenção digital ou tomadas mal iluminadas que fico com saudade de como tudo era mais prático e melhor ajambrado nos dois primeiros “Premonição”.
★★★
Direção de Adam B. Stein e Zach Lipovsky
Em exibição nos cinemas (Warner Bros.)

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