Resenha Crítica | Extermínio: A Evolução (2025)

Com o seu nome pouco reverberado nos últimos anos após uma sequência de “Trainspotting” que ninguém deu muita bola e alguns projetos televisivos ignorados pelo grande público, o diretor britânico Danny Boyle agora retoma “Extermínio”, uma promessa de franquia esquecida há 18 anos. 

O tom político dos dois primeiros filmes foi deixado de lado para compreender o funcionamento do que restou do nosso planeta, com um sem número de tribos isoladas em santuários protegidos das ameaças de humanos zumbificados. 

Esse é um dos aspectos mais curiosos de “Extermínio: A Evolução”, pois observa como vivos e mortos-vivos estão adaptados aos novos tempos, de zumbis alfa até a promessa de uma gangue de ninjas punk que deverá ser explorada na sequência já em pós-produção conduzida por Nia DaCosta (do mais recente “Candyman” e de “As Marvels” – medo, muito medo!).

Outra novidade ótima é como Danny Boyle lida com um cinema com o suporte digital já consolidado. Todos os planos têm uma distorção causada pela proporção de aspecto 2.76 : 1 e há glitches intencionais, sobretudo nas cenas de combate. Diretor de fotografia que basicamente ditou a estética do Dogma 95 e do “Extermínio” original, Anthony Dod Mantle volta aqui para operar com iPhone 15 Pro Max.

Não é um filme maior do que deseja porque o protagonismo acaba sendo a noção de família pela perspectiva de um pré-adolescente desorientado entre o modo de vida selvagem pregado pelo pai e o afeto da mãe enferma, com a primeira parte comprometida pela total inaptidão de Aaron Taylor-Johnson em ser um bom ator. Sem dizer que “Extermínio 2” já havia abordado essas distinções entre um casal com filhos de modo superior.

★★★
Direção de Danny Boyle
Em exibição nos cinemas (Sony Pictures)

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