
O australiano Greg McLean se tornou um diretor em evidência nesta década dentro do gênero terror assim como Alexandre Aja ou Marcus Nispel. O feito que alcançaram é admirável: realizar filmes de horror com baixo custo e com um invejável talento na construção de uma tensão insuportável e por vezes incrivelmente real. O filme de McLean que chamou a atenção e se tornou um bom sucesso de público é “Wolf Creek – Viagem ao Inferno”, seu longa de estréia cujo script se inspirava em um acontecimento real. A história sobre amigos em viagem que são vítimas de atos de extrema barbaridade não é uma novidade, ainda que a construção dos três personagens centrais desse filme se estabelecesse de forma original. Mas havia qualidades o suficiente nesta fita para deixar qualquer um extremamente tocado com a brutalidade e o realismo que tomam o decorrer da projeção.
Em “Morte Súbita” McLean adquire um resultado parecido. É claro que a história de turistas que se tornam presas fáceis de um crocodilo gigante não rende o mesmo peso que “Wolf Creek – Viagem ao Inferno”, mas o projeto tem, sem exageros, a mesma competência e seriedade de “Tubarão”, a obra máxima de filmes sobre os seres mais selvagens existentes na natureza e que se tornou tão banal com a vinda das sequências do próprio “Tubarão”.
A história é básica e eficiente. Michael Vartan, mas conhecido como o galã da comédia romântica “A Sogra”, é Pete McKell. A sua profissão se resume a fazer turismo e destacar a partir de suas observações bons locais para se hospedar, se divertir, comer um bom prato, etc. A sua missão é embarcar em um modesto cruzeiro que leva um pequeno grupo de pessoas, a maioria americanos, a contemplar os rios de um local inóspito da Austrália. Mas a guia Kate (Radha Mitchell, sempre excelente) tem que fazer um desvio no instante que vai retornar do passeio quando um possível sinal de emergência é acionado a alguns quilômetros dali. É daí que o perigo aumenta, pois a área onde eles ultrapassam é rodeada por um crocodilo enorme capaz até mesmo de prejudicar o barco onde estão excursionando.
A fotografia de Will Gibson é belíssima e ela é responsável pela eficiência dos momentos de horror, onde a escuridão predomina quando os ataques do crocodilo começam. E pelo orçamento razoável que McLean tinha em mãos (20 Milhões) é preciso certa compreensão do espectador enquanto aos efeitos especiais que moldam a aterrorizante criatura – não é perfeito, mas atinge um ótimo resultado pelo suspense provocado com maestria pelo diretor. Há tensão de sobra e o filme nunca cai no ridículo em qualquer situação. Fiquem atentos também a presença de Sam Worthington, que deve se tornar um novo astro em Hollywood com o lançamento de “Exterminador do Futuro – Salvação” e “Avatar”, e de Mia Wasikowska, a “Alice” de Tim Burton.
Título Original: Rogue
Ano de Produção: 2007
Direção: Greg McLean
Elenco: Michael Vartan, Radha Mitchell, Sam Worthington, Stephen Curry, Mia Wasikowska e Caroline Brazier.
Nota: 7.5

Olá, Alex! Tudo bem?
Mesmo com este texto positívo, tenho que confessar que não tenho muita vontade de vê-lo, quem sabe, na TV. Você sabe muito bem o por que! rsrsrs
Beijos! ;)
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Ultimamente estou evitando filmes desse tipo, até porque se faz pouca coisa relevante no gênero na atualidade. Mas muitos comentam que esse “Rogue” é um tanto diferenciado, então talvez dê uma chance ao longa…
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Participa na sondagem “Melhor James Bond com Peter Sellers, George Lazenby, Timothy Dalton e Daniel Craig” até ao dia 15 de Julho 2009, em http://additionalcamera.blogspot.com.
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Não gosto de filmes assim… Mas, seu texto foi suficiente para me fazer assistir ao filme, se tiver a oportunidade – mas, vou deixar isso para quando ele passar na TV.
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Mayara, já falei para você parar de ter medo de filme de terror, ehehehehe… Beijos!
Vinícius, mas como é que você vai descobrir algo relevante dentro do gênero se você somente recusa a oportunidade de ver filmes que estão disponíveis para ser assistido. E o filme recebeu muitos elogios (em locais como o Rotten e o IMDb você pode ver aprovação tanto da crítica quanto do público).
Filipe, participarei. Obrigado pelo alerta.
Kamila, você não gosta de filmes assim só porque, neste caso, o vilão é um crocodilo?
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Adoro a Radha Mitchell. Se ela correr e gritar como fez em Sillent Hill eu assisto o filme.
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Achei muito fraco esse, ñ gostei muito ñ!
Abs! Diego!
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Concordo com Encontro Marcado que é um filme muito singelo e profundo.
Descordo de Sindrome de Caim – aquele John Lintgow estraga qualquer coisa.
Acho O operário e Correndo com Tesouras filmes subestimados também
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comentário na matéria errada rs
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Marcelo, a Radha Mitchell é musa! E eu notei que o senhor comentou no post errado, rs. Mas tenho que discordar da sua crítica feita ao John Lithgow, pois o considero um grande ator. Eu não gosto muito de “Correndo com Tesouras” e até que não acho “O Operário” um longa subestimado.
Diego, uma pena, pois neste filme eu pude me divertir bastante. Abraços!
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Adorei muito bom mesmo!
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