Marido, pai, rico e o nome responsável pela revolução do grunge. A pessoa dona dessas características e muitas outras mais era Kurt Cobain. É daí que fica difícil imaginar o por quê do próprio cantor e compositor chegar ao ponto de cometer suicídio quando, aparentemente, tinha tudo aos seus pés. Porém, o documentário “Kurt Cobain – Retrato de Uma Ausência” nos faz compreender que o tormento de Kurt era si mesmo.
Dirigido por AJ Schnack, “Kurt Cobain – Retrato de Uma Ausência” se move com uma entrevista cedida pelo próprio Kurt Cobain para o jornalista Michael Azerrad um ano antes de seu suicídio. Na entrevista, marcada por várias gravações em áudio em dias diferentes, Cobain relembra a sua vida desde a infância. Nos anos escolares, diz quando um professor o incentivou a investir em suas habilidades artísticas. A seguir, a pós-adolescência marcada por empregos que não eram fixos, os pequenos shows, as drogas e as lamentações particulares.
Ao contrário do que é visto em muitos documentários acerca de grandes nomes da música, “Kurt Cobain – Retrato de Uma Ausência” é totalmente alternativo. Com exceção dos créditos finais, nunca é visto o rosto de Kurt ou mesmo o “Nirvana”, sendo tudo representado por imagens de lugares e pessoas de Aberdeen, Olympia e Seattle, cidades onde Kurt viveu. Já as músicas são raras de serem apreciadas, sendo ouvidas mais o trabalho instrumental de Benjamin Gibbard e Steve Fisk, o que é o maior pecado do trabalho. Mas há algum mérito no registro. Com um suicídio que resulta em dúvidas até hoje (há fortes evidências de que Kurt Cobain tenha sido assassinado, como a letra do último parágrafo da carta de adeus deixada que difere da sua e as substâncias encontradas em seu sangue que não o fariam ter a força mínima capaz de disparar o gatilho da espingarda usada), a entrevista deixa claro que por trás de toda a fama havia um jovem com uma vida vazia por razões que somente ele seria capaz de justificar.
Título Original: Kurt Cobain About a Son
Ano de Produção: 2006
Direção: AJ Schnack
Elenco: Kurt Cobain, Michael Azerrad e Courtney Love.
Cotação: ![]()

Não conheço muito do músico e talvez esse documentário seja uma boa oportunidade para fazer isso.
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– Vinícius, não? Imaginava que sim. O momento que conheci o “Nirvana” foi próximo da morte do Kurt Cobain.
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Gosto do Nirvana e tenho uma curiosidade enorme sobre o Kurt Cobain, até por causa do destino dele. Já assisti “Kurt e Courtney”, que é um documentário bem polêmico e, agora, espero poder assistir a este filme aí!
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– Kamila, embora eu não ouça mais como antes, também gosto do “Nirvana”. E tive um amigo que falou muito sobre o documentário “Kurt & Courtney”, mas ainda não o vi.
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Esse filme é uma facada no peito…
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– Pedro, no bom ou mau sentido?
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