Sempre ao Seu Lado

O cineasta sueco Lasse Hallström é bem conhecido pela frequência com que trabalha. Nos últimos dez anos, foram seis o total de obras que levam a sua assinatura. Mais do que isso, Hallström carrega ao longo de sua carreira diversos títulos que marcaram pela simplicidade de suas histórias e o talento para contá-las. É verdade que com esta característica o diretor nem sempre encantou, a exemplo da mediana comédia romântica “O Poder do Amor”, com Julia Roberts e Dennis Quaid. Aliás, “Casanova” e “O Vigarista do Ano” também oferecem propostas distintas de outras já vistas nos filmes de Hallström. Felizmente, “Sempre ao Seu Lado”, realizado antes do surpreendente sucesso de estreia nas bilheterias americanas “Dear John”, é um acerto, e dos mais comoventes.
Trata-se de uma nova versão de “Hachikô monogatari” que, por sua vez, foi rodado em 1987 e se baseia em uma história verídica ocorrida no Japão em meados da década de 1920. A história e das mais simples e é exatamente por isto que é um drama tão bom. Parker Wilson (Richard Gere, que está muito à vontade no papel e que também se encontra na função de produtor) é um professor universitário que ao voltar para a sua casa e família encontra na estação de trem um cãozinho da raça Akita. Sem saber o que fazer com o animal, decide levá-lo consigo por uma noite. Embora a sua filha Andy (Sarah Roemer) adore a ideia de ter um novo animal de estimação, Cate (Joan Allen) não permite que tenha dentro de seu lar uma nova companhia. O tempo corre, Parker tenta em vão encontrar o dono ou alguém que queira adotar o cão, que passa a chamar de Hachi, e Cate acaba aceitando a presença dele que, diariamente e pontualmente, aguarda o seu dono na estação que sempre pega para ir ao trabalho e voltar para casa.
Para aqueles com corações mais sensíveis, não vale revelar o drama que abaterá a história em seu segundo ato. Basta dizer que por trás do roteiro que se desenvolve através de situações rotineiras, como as idas e vindas de Parker, as conversas com os colegas que trabalham próximos à estação de trem e o casamento de Andy, há um retrato poderoso sobre a vida e a morte. O objetivo de “Sempre ao Seu Lado” é sim arrancar lágrimas de seu público, mas ele não o faz manipulando os nossos sentimentos. Mas do que um filme de cachorro com final que faz chorar (a última cena de Joan Allen é devastadora), “Sempre ao Seu Lado” trata com sinceridade a lealdade de seu protagonista canino para com o seu dono é o quão é doloroso a perda, cuja superação somente poderá chegar quando, finalmente, chegar a nossa hora de partir.
Título Original: Hachiko: A Dog’s Story
Ano de Produção: 2009
Direção: Lasse Hallström
Elenco: Richard Gere, Joan Allen, Sarah Roemer, Jason Alexander, Cary-Hiroyuki Tagawa, Erick Avari, Davenia McFadden, Kevin DeCoste e Tora Hallstrom.
Cotação:
Sempre ao Seu LadoO cineasta sueco Lasse Hallström é bem conhecido pela frequência com que trabalha. Nos últimos dez anos foram seis o total de obras que levam a sua assinatura. Mais do que isso, Hallström carrega ao longo de sua carreira diversos títulos que marcaram pela simplicidade de suas histórias e o talento para contá-las. É verdade que com esta característica o diretor nem sempre encantou, a exemplo da mediana comédia romântica “O Poder do Amor”, com Julia Roberts e Dennis Quaid. Aliás, “Casanova” e “O Vigarista do Ano” também oferecem propostas distintas de outras já vistas nos filmes de Hallström. Felizmente, “Sempre ao Seu Lado”, realizado antes do surpreendente sucesso de estreia nas bilheterias americanas “Dear John”, é um acerto – e dos mais comoventes.
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Trata-se de uma nova versão de “Hachikô monogatari” que, por sua vez, foi rodado em 1987 e se baseia em uma história verídica ocorrida no Japão em meados da década de 1920. O argumento é simples e é exatamente por isto que é um drama tão bom. Parker Wilson (Richard Gere, que está muito à vontade no papel e que também se encontra na função de produtor) é um professor universitário que ao voltar para a sua casa e família encontra na estação de trem um cãozinho da raça Akita. Sem saber o que fazer com o animal, decide levá-lo consigo por uma noite. Embora a sua filha Andy (Sarah Roemer) adore a ideia de ter um novo animal de estimação, Cate (Joan Allen) não permite que tenha dentro de seu lar uma nova companhia. O tempo corre, Parker tenta em vão encontrar o dono ou alguém que queira adotar o cão, que passa a chamar de Hachi, e Cate acaba aceitando a presença dele que, diariamente e pontualmente, aguarda o seu dono na estação que sempre vai para ir ao trabalho e voltar para casa.
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Para aqueles com corações mais sensíveis, não vale revelar o drama que abaterá a história em seu segundo ato. Basta dizer que por trás do roteiro que se desenvolve através de situações rotineiras, como as idas e vindas de Parker, as conversas com os colegas que trabalham próximos à estação de trem e o casamento de Andy, há um retrato poderoso sobre a vida e a morte. O objetivo de “Sempre ao Seu Lado” é sim arrancar lágrimas de seu público, mas ele não o faz manipulando os nossos sentimentos. Mas do que um filme de cachorro com final que faz chorar (a última cena de Joan Allen é devastadora), “Sempre ao Seu Lado” trata com sinceridade a lealdade de seu protagonista canino para com o seu dono é o quão é doloroso a perda, cuja superação somente acontecerá quando, finalmente, chegar a nossa hora de partir.
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Título Original: Hachiko: A Dog’s Story
Ano de Produção: 2009
Direção: Lasse Hallström
Elenco: Richard Gere, Joan Allen, Sarah Roemer, Jason Alexander, Cary-Hiroyuki Tagawa, Erick Avari, Davenia McFadden, Kevin DeCoste e Tora Hallstrom.
Cotação: 4 Stars

10 Comments

  1. Avatar de Desconhecido

    Não me dou bem com filme de cachorros. Acho tudo tão sessão da tarde que nem o emocionante ‘Marley e Eu’ conseguiu arrancar uma lágrima minha. Fugi desse filme por isso e por ter o Gere interpretando sempre ele mesmo, mas você não é o primeiro que elogia, o problema é comigo mesmo.

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  2. Avatar de Desconhecido

    Não sou chegado a filmes de cachorros, nem o emocionante ‘Marley e Eu’ me balançou. Fugi desse por causa disso e por ter o Gere que eu nãotou aguentando nem olhar. Enfim, mas você não foi o único a elogiá-lo. O problema é comigo mesmo.

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  3. Avatar de Desconhecido

    Pô, Hallstrom é uma máquina, hein? Não sabia disso. Quase o Woody Allen dos dramas açucarados, já com um novo filme no topo das bilheterras. Confesso que esse não despertou muito a atenção, no entanto.

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  4. Avatar de Desconhecido

    – Luis, já eu adoro filme com cachorro, mas nem todos, claro. Mas este “Sempre ao Seu Lado” é maravilhoso, não deixe de assistir! E acho que o povo pega demais no pé de Richard Gere, que sempre achei um ótimo ator que faz escolhas confiáveis. Dê uma chance ao filme!

    – Cassiano, felicíssimo por ter aprovado o novo visual.

    – Gustavo, ele é mesmo muito ativo na indústria de cinema americano. Mas acho que os filmes de Lasse sempre valem a pena, mesmo que não sejam mais do que razoáveis, o que não é o caso de “Sempre ao Seu Lado”.

    – Kamila, exatamente o que disse.

    – Vinícius, os filmes de Lasse são mesmo bem convencionais, o que não significa que não sejam bons.

    – Mayara, então “Sempre ao Seu Lado” será um filme que te conquistará em cheio! Beijos!

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  5. Avatar de Desconhecido

    eu comprei esse filme e adorei,é lindo chorei muito e me emocionei,e passei a dar mais valor ainda aos meus animaizinhos de estimação!resentemente eu perdi o meu cachorro da raça pitbull,que tanto peguei amor carinho e companheirismo,e sinto muito a falta dele,e depois dessa perca ñ pretendo mais ter cachorros pois nos apegamos tanto que quando ele se vai faz e traz muita saudades!!fico chocada quando passa na tv aquelas pessoas que tem a capacidade de maltratar um animal desse,mas que infelizmente acontece!!!Enfim adorei o filme,está na minha lista do melhores que jã assisti do ator Richard Gere.

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  6. Avatar de Desconhecido

    eu assisti esse filme pode perguntar para minha mae eu quase imundei a minha sala de lágrimas , pois eu me emociono muito quando vejo filmes de cães como o fime Sempre ao seu lado esse fime foi até hoje o filme mas emocionante e verdadeiro que eu já vi na vida !

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