Peter Jackson vacilou no ano passado com a adaptação do romance de Alice Sebold, “Um Olhar do Paraíso”, onde a única razão de apreciá-lo era o desempenho perturbador do ator Stanley Tucci. Um equívoco que Peter compensa totalmente com sua intervenção como produtor na ficção científica “Distrito 9”, cujos reconhecimentos artísticos vieram à tona com quatro indicações ao Oscar: melhor filme, roteiro adaptado, efeitos especiais e edição.
A ideia de se fazer “Distrito 9” foi comprada desde o instante que Peter Jackson assistiu ao projeto de aproximadamente seis minutos “Alive in Joburg”, de 2005. Foram convocados o mesmo realizador, Neill Blomkamp, e o estreante Sharlto Copley como protagonista (que também deu às caras no curta-metragem, além de ser uma grata revelação). O Distrito 9 do título é uma “instalação” na África do Sul habitada por alienígenas chamados de “Caramões” por causa da aparência similar a dos crustáceos.
Anos após os milhares de alienígenas viverem em situações intoleráveis, a empresa Multi-National United escala o burocrata Wikus van der Merwe (Sharlto Copley) para apresentar uma ordem emitida para a transferência de área para cada “Camarão”. Tudo passa a sair do controle quando Wikus descobre ferramentas desenvolvidas pelos alienígenas para saírem do planeta e ao ter seu DNA modificado ao inalar o combustível preso em uma cápsula. Seu corpo passa por mudanças radicais (no melhor estilo “A Mosca”) e sem ninguém para ajudá-lo não há outra solução do que em apoiar a saída dos extraterrestres da Terra para alguma possibilidade de cura, nem que para isto tenha que enfrentar os verdadeiros vilões da história: os próprios humanos.
Apesar deste argumento promissor, “Distrito 9” nos dá uma impressão negativa em seus primeiros minutos. Em formato de documentário, o filme é capaz de quase espantar o espectador com o tédio que provoca, mesmo que aos poucos desse primeiro ato seja muito bem registrado a aparência impressionante dos alienígenas. De qualquer forma, o filme vai ganhando vida até finalmente mostrar a que veio, proporcionando uma experiência enriquecedora e cheio de temas atuais a serem debatidos, características essenciais para uma fita digna do gênero.
Título Original: District 9
Ano de Produção: 2009
Direção: Neill Blomkamp
Elenco; Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt, Sylvaine Strike, Elizabeth Mkandawie, John Sumner, William Allen Young e Nick Blake.
Cotação: ![]()

Este preciso ver com urgência. Estou lendo maravilhas sobre este filme…
Beijos! ;)
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O início me deu vontade de rir, o resto foi impressionante. Indicação ao Oscar? Exagero. Star Trek foi injustiçado.
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Somente uma palavra para “Distrito 9”: brilhante. Sem mais.
Um abraço, Alex!
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Também gostei bem mais da segunda parte do filme, mas não cheguei a achar o início entediante. Espero revê-lo logo mais.
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No início você nem liga para Wikus van der Merwe, em tantos efeitos e criaturas do filme voc~e acaba deixando o cara em segundo plano, mas terminamos o filme praticamente amando a personagem dele.
Senscional de verdade!
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Somente uma palavra para “Distrito 9”: BORING. :D
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– Mayara, é uma ficção maravilhosa. Não perca tempo!!! Beijos.
– Brenno, já eu acho “Star Trek” um dos filmes mais superestimados e sem personalidade do ano passado, embora eu o tenha achado razoável.
– Luiz, é brilhante mesmo! Abraço.
– Gustavo, eu me revirei bastante na poltrona do cinema por conta de certo incômodo que os minutos iniciais me havia causado.
– Marcelo, concordo com você. O protagonista é um sujeito que causa muita empatia, especialmente pela sua situação no meio da narrativa.
– Pedro, o senhor que é chato! :P
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[…] impossível não fazer associações entre o primeiro longa-metragem de Neill Blomkamp, “Distrito 9”, com sua mais nova realização, “Elysium”. Para quem não se recorda, […]
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