Desde “Os Últimos Embalos da Disco” (1998) sem dirigir um longa-metragem, o cineasta americano Whit Stillman retorna a função com “Descobrindo o Amor” causando a sensação de que parou no tempo. Porém, isto não é considerado uma crítica para quem conhece a breve filmografia desse realizador indicado ao Oscar pelo roteiro de “Metropolitan”.
Tudo é deliciosamente antiquado em “Descobrindo o Amor”. Do perfil de cada personagem até os figurinos, o longa-metragem parece ter sido produzido nos anos 1990. A história é centrada em um grupo de garotas de uma fraternidade da Seven Oaks College. Violet (Greta Gerwig, a nova Parker Posey) é a líder e responsável pelo Centro de Prevenção de Suicídios, iniciativa que visa atender aos alunos desorientados com os relacionamentos frustrados ou a confusa personalidade.
Lily (Analeigh Tipton, de “Meu Namorado é Um Zumbi”) é a aluna mais nova do colégio, rapidamente acolhida por Violet e suas amigas Heather (Carrie MacLemore) e Rose (Megalyn Echikunwoke). Neste quarteto que se forma com a presença de Lily, a fragilidade de Violet é exposta. Almejando ser um modelo de comportamento impecável, Lily vai perdendo a pose quando não consegue esconder os seus sentimentos por Charlie Walker (Adam Brody), rapaz que parece sustentar duas identidades e um relacionamento com Lily.
Como o aguardado, Whit Stillman conduz “Descobrindo o Amor” através de interações cínicas e astutas. Porém, assim como aconteceu em “Nos Últimos Embalos da Disco”, o risco do público diminuir o interesse no desenvolvimento da história é grande porque tudo é mantido em um ritmo excessivamente brando. Somente as intervenções musicais garantem fôlego: como método terapêutico, Violet desenvolve o Sambola, uma dança que rende uma sequência de créditos finais muito divertida.
Damsels in Distress, 2011 | Dirigido por Whit Stillman | Roteiro de Whit Stillman | Elenco: Greta Gerwig, Carrie MacLemore, Megalyn Echikunwoke, Analeigh Tipton, Adam Brody, Ryan Metcalf, Jermaine Crawford, Zach Woods, Caitlin FitzGerald, Domenico D’Ippolito, Billy Magnussen, Nick Bleamire, Hugo Becker, Meredith Hagner e Aubrey Plaza

Acho esse ritmo brando proposital. Me parece que o filme nada mais faz que se opor ao gênero que lhe é pertinente. Gostei bastante!
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Pedro, creio que o ritmo acabe fazendo com que a história não atinja notas mais altas. Mesmo simpático, admito que cheguei um pouco exausto na conclusão da história.
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Não conhecia o filme, mas adorei seu texto. Desde já, anotei a dica.
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Kamila, está disponível em DVD. Confira.
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